quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

The Lullaby of a Sad Clown

Me acalme, meu bem, pois hoje preciso do teu afago.
Segure-me em teus braços e cante doces melodias, amanse-me,
pois não aguento mais minhas aflições.
Nunca me quis tão longe de ti quanto agora, da mesma forma que
 nunca te quis tão longe de mim quanto agora.
Sou teu paliativo, e tu meu placebo;
que agora não funciona(mos) mais.
Deixe-me aqui, pois me conforto em minha profunda tristeza.
Não te prendas mais a sonhos milagrosos, o milagre já aconteceu,
tão efêmero quanto a trajetória de uma lágrima ao chão.
Não precisas mais se esconder de mim ou de ti, pois apenas nessa dor de
agora, vejo quem tu és.
Não enxugue essa imensidão profunda, pois esse é o pranto daquele que te rejeita.

O copo começou meio cheio... pena que bebemos esse néctar tão rápido.

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